Anteriormente:
– Sério? Vamos para com esse papo. –disse Solange para mim.
E virando-se para o Fábio perguntou:
– Então Fábio o que você me diz?
– Sobre? – Fábio se fez de desentendido.
– Eu e você. – respondeu ela chegando mais perto do rosto dele.
– Eu digo que é melhor você ir plantar batata. – respondeu Fábio nervoso.
– Sei que você não pode falar que me ama na frente dessa garota. Mas se quiser me encontrar você sabe onde eu moro. – respondeu Solange com a mão no rosto de Fábio.
– Tenha certeza que se eu quiser vou à sua casa para te matar. Mas não se preocupe. A Tati não deixa. Agradeça a ela. senão você já tinha morrido. Agora saia daqui. Vá para o Diabo que te carregue. – disse Fábio decidido.
Parte XVII
– Vou pensar se devo ficar com você. – disse Solange disfarçando o fora que levou do Fábio.
– À vontade. Eu nem ligo para o que você pensa ou não.
– Sabe… Algum dia você vai ser meu. – disse Solange confiante.
– Nem em sonhos.
Depois ela foi embora. Mas eu já estava nervosa:
– Eu queria dar um tapa nela, só para ela nunca se esquecer de mim.
– Quando não estivermos em um lugar publico, eu deixo você espanca-la. Mas no meio da rua não pode.
– Eu daria tudo só para que você não fosse tão, “politicamente correto’”. Às vezes isso me irrita. – disse para ele ainda irritada.
– Faz parte da vida, princesa.
– Não. Isso faz parte de você.
– Também. – respondeu Fábio rindo.
– Não existe ninguém igual a você. – respondi romanticamente.
– Eu sei. Por isso que você me ama. – disse ele.
– É. Você tem razão.
– Eu sei.
– Que convencido. – respondi perdendo o clima do beijo que ele iria me dar.
– Olha quem fala. – respondeu ele ironicamente.
– Eu não sou convencida.
– Não é mesmo. Você é patricinha. – respondeu ele docilmente.
– Eu patricinha? – perguntei fingindo estar nervosa.
– É você mesmo.
– Tudo bem senhor Mauricio. – respondi o imitando.
– Eu sou Mauricinho? – perguntou indignado.
– É. Se eu sou Patrícia. Você é Mauricio.
– Vamos parar com isso. Mas na verdade Patrícia é a sua mãe. – brincou ele.
– Mas é claro. Esse é o nome dela. – respondi rindo.
Um pouco mais tarde já estávamos na minha casa:
– Entra Fábio.
– Não. – respondeu decidido.
– Porque não?Não quer nem um copo de água? – perguntei intrigada.
– Porque meu pai vai brigar se eu demorar a chegar em casa.
– Você fala que estava aqui. E outra, depois minha mãe te leva para casa. – respondi puxando-o para dentro.
– Não sei.
– Fica só um pouco.
– Tudo bem. Mas eu não posso demorar.
– Sem problema. – disse puxando ele para dentro e fechando o portão.
Fábio ficou lá em casa cerca de meia hora, depois minha mãe o levou para casa. Graças a Deus não tivemos que ir para a agência. Ficamos trabalhando em casa.
Quando era mais ou menos meia noite eu estava exausta, fui dormir.
Quando eram três da manhã o meu C.A. toca:
– Alô!
– Alô, oi princesa tudo bem? – disse Fábio no telefone.
– Fá? Perguntei ainda meio que dormindo.
– Oi sabe o que é? Eu acho que já sei como podemos fazer para descobrir mais alguma coisa sobre a CMFC. – disse ele entusiasmado.
– Como?
– É melhor nós irmos para agência. – disse ele.
– Mas…
– Você está cansada? – perguntou ele preocupado.
– Um pouco. Mas tudo bem. Temos um trabalho para fazer.
– É assim que se fala. Daqui a uns dez ou quinze minutos eu estarei ai. – disse ele.
– Tudo bem. Estou esperando. – respondi e desliguei.
Na agência:
– O que vocês estão fazendo aqui? –perguntou Henrique.
– Eu tive uma idéia. –respondeu Fábio empolgado.
– Qual Fábio? – perguntou Henrique.
– Vem aqui comigo os dois.
– E vamos para onde? – perguntei.
– Para a nossa sala, Tati.
Quarto passo: analisar as fitas de segurança.
– Nós já vimos as fita de segurança. – disse.
– É Mas nós não vimos elas de trás para frente. – respondeu Fábio.
– O que você está pretendendo com isso? –perguntei.
– Ver algo mais do que duas pessoas roubando um banco.
– Isso nós sabemos. Mas o que você acha que vai achar ai? –perguntou Henrique.
– Tem que ter algum truque. – deduziu ele.
– Eu acho perca de tempo. Vou para a minha sala. – disse Henrique.
– Depois nos vemos Henrique. – respondi.
– Quando vocês estiverem indo embora me dá um toque, Tati.
– Pode deixar.
Fizemos como o Fábio disse, mas não encontramos nada.
– Não é possível. – respondeu decepcionado.
– É sim. Eles devem ser pessoas comuns.
– Eles têm que ter algum truque. – disse ele.
– Só porque eles agem da mesma forma em todas as fitas, não quer dizer que eles tenham algo a esconder. – respondi.
Em todas as fitas os assaltantes roubam com a mesma técnica. Eles primeiramente atiravam em todos os espelhos, ou tudo que refletisse a imagem deles, depois eles simplesmente cortavam o som das câmeras de segurança, mas ainda não as desligavam. Logo em seguida eles explodiam o cofre com apenas o relógio. Pegavam o dinheiro e iam embora.
O relógio pelo que percebi, continha um sensor que era ligado à distância. Ou seja. Alguém do banco tinha colocado um outro sensor dentro do cofre.
Agora a intriga:
v Porque desligaram os sons das câmeras e não as danificaram?
v Porque quêbraram os espelhos?
v Quem colocou o sensor dentro dos cofres?
v E porque ninguém chamou a polícia?
v Porque o alarme não disparou?
Intrigante não? Era o que todos achavam até que:
– Eu estou com dor de cabeça, Fá. – disse para ele fazendo dengo.
– Quer um remédio? – perguntou ele preocupado.
– Não. Eu só quero que você pare com essa implicância com as fitas. – respondi agitada.
– Princesa, me escuta. Tem alguma coisa errada.
– Claro que tem. Eles cometeram um crime.
– Você não está me ajudando. – respondeu Fábio.
– Me desculpe Fá. Mas é que eu não vejo muita coisa fora do comum. Afinal eles formam uma agência secreta. Devem ter truques como nós.
– Tudo bem. Mas me diz: Porque alguém desligaria o som de uma câmera de segurança e não a danificaria? – perguntou ele sem esperar resposta.
– Não sei. – respondi.
– Porque você faria isso? – perguntou novamente.
– Eu só faria isso se eu não quisesse que alguém escutasse algo, e não quebraria a câmera porque se eu quebrasse o alarme dispararia.
– E porque você não me disse isso antes? – perguntou indignado.
– Porque eu acho que isso não tem importância.
– Certo. E porque os espelhos quebrados?
– Mais fácil ainda. Porque se eu usasse o sensor com algum tipo de laser, os espelhos refletiriam e o laser se espalharia, e eu não conseguiria ligar o sensor que está dentro do cofre, para que ele explodisse. – respondi entediada.
– Mas aí está à resposta. Porque você não me disse nada disso antes?
– Já disse. Não achei necessário. – respondi sem importância.
– E porque ninguém chamou a polícia? – perguntou ele.
– Porque olhando a fita com as lentes, você percebe que chamaram a polícia, mas a polícia não conseguiu capturar os bandidos porque eles saíram pelo chão. Como se tivesse uma passagem secreta.
– E quem ficou no lugar deles? Pois na fita aparece eles saindo do banco. – perguntou Fábio.
– Eles colocaram um holograma. Para que ninguém fosse atrás deles. – respondi.
– Não vai me dizer que isso não tem importância? – perguntou Fábio.
– Isso tem importância, mas não tem sentido.
– Nada tem sentido. Não tem sentido nem eles usarem um relógio para explodir três cofres ao mesmo tempo. – disse Fábio pensativo.
Os assaltos ocorreram ao mesmo tempo. Em três bancos que ficam a mais ou menos 26 km um do outro.
– Eu sei, mas não tenho novas idéias. – respondi.
– Mas eu tenho. – disse Fábio.
– Qual?
– O que aquele polícial queria conosco? – perguntou ele.
– Que polícial? – perguntei.
– O tal do Cristofer. – disse ele olhando no relatório sobre o caso.
– Não sei. Ele disse que não poderia falar lá no banco.
– E como vamos entrar em contato com ele? – perguntou Fábio.
– Não sei. Mas ele pegou o número do nosso C.A.
– Então vamos ter que esperar ele ligar.
– Mas o que vamos fazer neste meio tempo? – perguntei
– Não sei Tati. – disse ele chateado.
– Vamos pensar. Precisamos falar com o Henrique. – respondi.
– Tem razão. Temos que saber como que se cria um holograma. – respondeu Fábio.
– Acho melhor chamá-lo pelo computador. Não vale a pena irmos lá à SV ou na SM só para perguntar isso.
– Deixa que eu chamo. – disse Fábio ligando o computador.
– Tudo bem. – respondi.
Conectamos o computador na SV e na SM.
– Henrique.
– Fala Fábio. – disse Henrique no computador.
– Nós queremos saber como que se cria um holograma.
– Holograma? – perguntou surpreso.
– Isso.
– É só pegar um laser tipo 4, e misturar com dez metros de plástico.
Existem vários tipos de laser. O mais forte é o tipo 8. O mais fraco é o laser comum que na linguagem dos cientistas é o laser tipo x. – disse Henrique sem demora.
– Como assim? –perguntei.
– Você pega o laser x e o deixa queimando dez metros de plástico, a fumaça que sair você deve armazenar em um local fechado com o laser 4 durante 1 hora. Depois é só pegar o laser e colocar em um recipiente, se quiser você pode ligá-lo em um computador e dar as instruções, tudo que o computador o mandar fazer, a imagem de quem estiver com um anel (normalmente é um anel) que estará ligado no laser, se reproduzira, e com isso você poderá despistar alguém.
– E tem como saber quando é o holograma e quando é pessoa? – perguntou Fábio.
– Tem sim. – respondeu Henrique.
– Fala ai. – disse Fábio.
– É só usar alguma coisa com raio-X.
– Então está no papo. As lentes que a Tati nos deu servem. – disse Fábio parecendo feliz.
– Vocês descobriram alguma coisa? – perguntou Henrique curioso.
– Descobrimos, mas depois explicamos. Tchau. – respondi para ele.
E desligamos a rede que nos ligava ao Henrique.
– Vamos ter que aprender a fazer e identificar hologramas.
– Fábio, é isso! – disse de repente.
– Isso o quê? –perguntou Fábio.
– O assalto a loja de brinquedos. – respondi.
– Tem razão. Eles precisam de muito plástico.
– Mas agora temos que descobrir o porquê do ouro.
– Eles devem estar afim de dinheiro.
– Eles roubaram muito dinheiro para precisarem de mais. – respondi.
– É. Nisso você tem razão.
De repente o meu C.A. toca.
– Alô!
– Alô! Senhorita Rouxinol?
– Sim. Quem fala?
– É o polícial Cristofer. Lembra de mim? – disse a voz no telefone.
– Você conhece algum Cristofer, Legião? – perguntei.
– Claro que sim. E você também. É aquele polícial que nós estávamos querendo achar. – respondeu Fábio.
– Ah sim. Ainda bem que o senhor ligou. Precisamos falar com o senhor.
– Podemos nos encontrar? Quero falar com vocês dois.
– Tudo bem. – respondi.
– Podemos nos encontrar daqui dez minutos na praça do centro?
– Claro. Estaremos lá. –respondi.
Dez minutos depois:
– Então. O que o senhor queria nos falar? –perguntei.
– Eu não sei se devo contar.
– É sobre o sensor que dispara o laser que fez explodir o cofre? – perguntou Fábio.
– Como o senhor sabe? – perguntou Cristofer.
– Somos agentes. Temos que saber dessas coisas. – respondeu Fábio.
– Mas então. O que o senhor tem a nos dizer? – perguntei.
– Bem é que eu sei quem colocou o sensor dentro do cofre.
– Quem foi? – perguntamos juntos.
– Não sei se devo falar.
– Mas se o senhor veio até aqui… Por que não terminar? – perguntou Fábio.
– Alguém pode saber que fui eu que disse, e vão querer me matar.
– Nós te protegemos. – respondi.
– Todos dizem isso. – respondeu Cristofer.
– Nós não estamos ligados com a justiça. – respondeu Fábio.
Para quem não sabe. A justiça sempre fala que vai proteger a testemunha, mas na maioria das vezes a testemunha morre.
– Eu sei. Vocês são da polícia, como eu. – observou o rapaz.
– Então não precisa ter medo. – respondi.
– Mas e se vocês forem contratados para me matar?
– Nós trabalhamos para o bem. –respondi tentando parecer simpática, mas já estava perdendo a calma.
– Mas e se vocês acharem que eu sou o mal?
– Você tem mais a dizer. Está muito nervoso. – disse Fábio olhando o estado que o polícial estava.
– Estou nervoso porque vocês podem me interpretar mal.
– É melhor você falar logo. Temos trabalho na agência. –respondi.
– Vocês juram que não vão fazer nada contra mim? – perguntou o polícial quase suplicando.
– Foi você que colocou o sensor dentro do banco. – afirmou Fábio.
– Não fui eu não. -respondeu ele instantaneamente.
– Eu não perguntei. Eu afirmei. – respondeu Fábio.
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– Mas como um garoto como você sabe que fui eu? – perguntou Cristofer impressionado.
– Para começo de conversa, eu sou um agente e tenho 16 anos. E você não sabe nem ficar calmo. –respondeu Fábio.
– Fui eu. Mas eu não queria.
– Quem mandou você colocar lá? –perguntei.
– O senhor Marcos.
– Então ele e você são suspeitos no caso. –respondeu Fábio.
– Mas como você vai me acusar? – perguntou ele.
– Acusando. – respondeu Fábio.
– Você não pode garoto. – respondeu ele desesperado.
– Claro que posso. Agora temos que ir. – disse Fábio se levantando.
Nós levantamos e fomos embora.
No caminho para a agência:
– Parabéns Fá.
– Por quê? – perguntou ele espantado.
– Você está ficando bom nesse negócio de ser agente.
– Obrigado.
Quando chegamos à agência demos de cara com a Isabela.
– Ola, Tatiana. – disse Isabela com uma voz de quem estava afim de confusão.
– Oi Isabela.
– O que você está fazendo aqui? –perguntei.
– Estou trabalhando. E era o que você deveria estar fazendo. Você não trabalha. –respondeu ela debochadamente.
– Então eu faço o quê? – perguntei nervosa.
– Você só sabe ficar namorando pelos cantos da agência.
– Escuta aqui garota… – mas Fábio foi interrompido.
Henrique falou no seu ouvido:
– Fábio não se intromete. Vai sobrar para a Tati se você entrar nessa briga.
– Olha o que seu chato? – perguntou Isabela para Fábio.
– Nada não. – respondeu ele saindo de cena.
– Acho bom. Pensei que a Tatiana iria ter que chamar o namoradinho para brigar comigo. Quem sabe você consiga me dar um tapinha… – debochou a menina.
– A sua briga é comigo Isabela. – respondi nervosa.
– Que pena. O seu namorado parece ser bem interessante. – disse ela observando atentamente Fábio.
– Fica longe dele. – respondi.
– Por quê? – perguntou Isabela.
Então ela abraçou o Fábio.
– Então agora já era para eu estar implorando perdão? Tipo assim: “Por favor, me perdoa. Eu não queria estar abraçada com o seu namorado”. Então, você não ia me bater? Bate!
– Ora sua… – disse indo para cima dela.
Nós começamos a brigar no meio da SV. Juro que foi sem quer, mas nós quebramos uma das paredes, mas infelizmente ela não se cortou com o vidro.
– Olha o que você fez Tatiana. – disse ela gritando.
– Olha o que você fez Isabela. Não fui eu que quebrei o vidro. – respondi gritando ainda mais alto.
– Então foi quem? Minha mãe? – perguntou ela rindo.
Ah, nenhum dos pais de qualquer adolescente (como se tivessem muitos) da agência sabe que os filhos trabalham.
– Não sei. Sua mãe é invisível? – respondi olhando para os lados fingindo estar à procura da mãe de Isabela.
– Nossa era para rir? – perguntou a menina.
– Era querida.
– Me desculpe pela falta de modos. – e começou a rir. – Está bem assim? Ou quer que eu ria mais da sua gracinha? –perguntou Isabela ironicamente.
– Não. Está bom. A sua risada é irritante.
– Obrigada. Vindo de você, é como se o mundo todo estivesse me chamando de Deusa.
– Você já pensou em fazer programa de comédia? – perguntei.
– Já. Mas você tinha que ser a principal. Você é bem mais engraçada que eu.
– Você não tem mais nada para fazer não? – perguntei já irritada.
– Tinha. Mas eu adoro ficar tendo uma conversa civilizada com você. – respondeu Isabela irônica.
– Se isso for civilizado.. – disse Fábio baixinho sendo que só o Henrique escutou.
– Em que missão você está Isabela? – perguntei.
– Na melhor. E você? – perguntou fingindo interesse.
– Na mais interessante. – respondi.
– Estou prendendo de novo o Charles. Coisa que você não fez direito.
– Eu estou acabando com a CMFC. –respondi confiante.
– Já ouvi falar dessa agência. Mas não sabia quem tinha pegado essa droga de missão. – disse ela morrendo de ciúmes da minha missão.
– E a sua? Quanto tempo você demora para pegar o Charles? Eu o pego em metade de um dia.
– Querida, você usa o corpo e eu o cérebro. – respondeu Isabela.
– Mas como um garoto como você sabe que fui eu? – perguntou Cristofer impressionado.
– Para começo de conversa, eu sou um agente e tenho 16 anos. E você não sabe nem ficar calmo. –respondeu Fábio.
– Fui eu. Mas eu não queria.
– Quem mandou você colocar lá? –perguntei.
– O senhor Marcos.
– Então ele e você são suspeitos no caso. –respondeu Fábio.
– Mas como você vai me acusar? – perguntou ele.
– Acusando. – respondeu Fábio.
– Você não pode garoto. – respondeu ele desesperado.
– Claro que posso. Agora temos que ir. – disse Fábio se levantando.
Nós levantamos e fomos embora.
No caminho para a agência:
– Parabéns Fá.
– Por quê? – perguntou ele espantado.
– Você está ficando bom nesse negócio de ser agente.
– Obrigado.
Quando chegamos à agência demos de cara com a Isabela.
– Ola, Tatiana. – disse Isabela com uma voz de quem estava afim de confusão.
– Oi Isabela.
– O que você está fazendo aqui? –perguntei.
– Estou trabalhando. E era o que você deveria estar fazendo. Você não trabalha. –respondeu ela debochadamente.
– Então eu faço o quê? – perguntei nervosa.
– Você só sabe ficar namorando pelos cantos da agência.
– Escuta aqui garota… – mas Fábio foi interrompido.
Henrique falou no seu ouvido:
– Fábio não se intromete. Vai sobrar para a Tati se você entrar nessa briga.
– Olha o que seu chato? – perguntou Isabela para Fábio.
– Nada não. – respondeu ele saindo de cena.
– Acho bom. Pensei que a Tatiana iria ter que chamar o namoradinho para brigar comigo. Quem sabe você consiga me dar um tapinha… – debochou a menina.
– A sua briga é comigo Isabela. – respondi nervosa.
– Que pena. O seu namorado parece ser bem interessante. – disse ela observando atentamente Fábio.
– Fica longe dele. – respondi.
– Por quê? – perguntou Isabela.
Então ela abraçou o Fábio.
– Então agora já era para eu estar implorando perdão? Tipo assim: “Por favor, me perdoa. Eu não queria estar abraçada com o seu namorado”. Então, você não ia me bater? Bate!
– Ora sua… – disse indo para cima dela.
Nós começamos a brigar no meio da SV. Juro que foi sem quer, mas nós quebramos uma das paredes, mas infelizmente ela não se cortou com o vidro.
– Olha o que você fez Tatiana. – disse ela gritando.
– Olha o que você fez Isabela. Não fui eu que quebrei o vidro. – respondi gritando ainda mais alto.
– Então foi quem? Minha mãe? – perguntou ela rindo.
Ah, nenhum dos pais de qualquer adolescente (como se tivessem muitos) da agência sabe que os filhos trabalham.
– Não sei. Sua mãe é invisível? – respondi olhando para os lados fingindo estar à procura da mãe de Isabela.
– Nossa era para rir? – perguntou a menina.
– Era querida.
– Me desculpe pela falta de modos. – e começou a rir. – Está bem assim? Ou quer que eu ria mais da sua gracinha? –perguntou Isabela ironicamente.
– Não. Está bom. A sua risada é irritante.
– Obrigada. Vindo de você, é como se o mundo todo estivesse me chamando de Deusa.
– Você já pensou em fazer programa de comédia? – perguntei.
– Já. Mas você tinha que ser a principal. Você é bem mais engraçada que eu.
– Você não tem mais nada para fazer não? – perguntei já irritada.
– Tinha. Mas eu adoro ficar tendo uma conversa civilizada com você. – respondeu Isabela irônica.
– Se isso for civilizado.. – disse Fábio baixinho sendo que só o Henrique escutou.
– Em que missão você está Isabela? – perguntei.
– Na melhor. E você? – perguntou fingindo interesse.
– Na mais interessante. – respondi.
– Estou prendendo de novo o Charles. Coisa que você não fez direito.
– Eu estou acabando com a CMFC. –respondi confiante.
– Já ouvi falar dessa agência. Mas não sabia quem tinha pegado essa droga de missão. – disse ela morrendo de ciúmes da minha missão.
– E a sua? Quanto tempo você demora para pegar o Charles? Eu o pego em metade de um dia.
– Querida, você usa o corpo e eu o cérebro. – respondeu Isabela.